A história do fruto do cacaueiro remonta há cerca de três mil anos, através do mítico passado asteca e de sua bebida denominada “tchocolatl”, oferenda à divindade da lua, Quetzalcatl, a qual concedia força e vigor aos seus fiéis.
O cacau também serviu de moeda corrente entre os astecas, 100 sementes equivaliam a um bom escravo, enquanto 10 sementes comprava-se um coelho.
A descoberta desta delicia pelos caucasianos deu-se em 1502 pela quarta viagem de Cristovão Colombo ao Novo Mundo (as Américas), contudo, foi Hernando Cortez, um conquistador espanhol, que atribuiu maior valor a descoberta.
Após 150 anos a novidade se propagou por toda a Europa, causando burburinhos entre a nobreza francesa, inglesa, alemã e italiana. A primeira chocolataria surgiu em Londres, na Inglaterra de 1657, através do empreendedorismo de um francês que buscava deleitar nobres e abastados com o paladar impar do chocolate em bebida, da mesma maneira, o primeiro tablete da saborosa guloseima originou-se no referido país, em 1847 para ser exato, fabricado pela empresa Fry&Sons.
No Brasil, a cultura do cacau inicia-se em 1746, intermediado por um colono francês chamado Louis Frederic Warneaux, cuja iniciativa foi levar algumas sementes até a Bahia. Os primeiros fazendeiros de cacau tiveram uma árdua tarefa para limpar as florestas em busca de áreas de plantio, o que resultou na expressão "contaminado pela febre do cacau", como podemos ver nas palavras de Jorge Amado: "Ele não vê a floresta... sufocada por plantas rasteiras e trepadeiras e por árvores centenárias, habitada por animais selvagens e aparições. Vê apenas campos plantados com árvores de cacau, renques direitos de árvores cheias de frutos dourados, maduros e amarelos. Vê plantações a empurrar a floresta para trás e a estender-se até o horizonte."
Cartaz do filme "Chocolate" com Johnny Depp |
Entre os chocolates mais famosos do mundo, destacam-se belgas, suíços e franceses, mas não devemos ignorar os demais países, o Brasil, por exemplo, vem ganhando espaço na confecção de chocolates artesanais com frutas típicas da Amazônia. Em regra geral, os chocolates em tabletes são comercializados em quatro sucintas categorias: Chocolate Amargo ou Meio-Amargo (deverá conter um mínimo de 34% de cacau puro, mas os melhores exigem entre 60-80%), Chocolate para Coberturas (contém 32% de manteiga de cacau), Chocolate ao Leite (normalmente possui alto teor de açúcar e baixa quantidade de cacau, cerca de 20%) e o Chocolate Branco (basicamente é manteiga de cacau com leite, açúcar e aromatizantes).
Um fato inquestionável é que ao longo de sua trajetória, o chocolate tornou-se essencial para a vida do homem e fonte de inspiração para filmes e novelas, presente em películas como “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (Willy Wonka & The Chocolate Factory, 1971) do diretor americano Mel Stuart, “Chocolate” (Chocolat, 2000) do diretor sueco Lasse Hallström e no folhetim brasileiro “Chocolate com Pimenta” (2003-2004), de Walcyr Carrasco.
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