segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Simbolismo dos Números: Parte II

Difusor do pentagrama: O ocultista inglês Aleister Crowley
Macrologicamente falando, não se pode negar a vasta influência da numerologia na cultura humana, seja cético ou devoto religioso, há qualquer momento você poderá ser envolvido por ela. Exemplificando isto, vemos o universo artístico e o campo publicitário como grandes fomentadores da mítica dos números, mesmo que algumas vezes com adereços subliminares, buscam sucesso através de combinações favoráveis.

A partir do número cinco o misticismo da numerologia começa a ganhar proporções ainda maiores, já que a quinta posição numérica representa as cinco dimensões do universo, o emblema da realeza maçônica, a deusa assíria Ishtar, a deusa grega Vênus, além de formar o maior símbolo do ocultismo e da crença Wicca, o pentagrama (ou a Estrela de Cinco Pontas). Nas culturas hindu e chinesa, tal ícone vem representar os cinco elementos da natureza (água, fogo, terra, ar e o espaço celeste). Para Pitágoras o cinco é o número da humanidade, uma vez que exprime o corpo humano com seus quatro membros e cabeça (cinco dedos), além dos cinco sentidos (tato, audição, olfato, visão e paladar). No entretenimento o número cinco definiu Os Irmãos Marx (Groucho, Gummo, Harpo, Chico e Zeppo) e os companheiros felinos do Manda-Chuva (Xuxu, Bacana, Batatinha, Espeto e Gênio).


O número seis pode ser demasiadamente controverso em significado, pois, tanto pode ser representado pela harmônica Estrela de Davi (Estrela de Seis Pontas ou Hexágono) como pode ser associado ao número da besta no Livro de Apocalipse, o infame 666. Para os chineses a expressão numérica vem definir o poder celestial e a longevidade, mas entre os nativos norte-americanos está relacionado aos ancestrais. Já a crença budista revela que o universo está cartografado em seis reinos de existência, enquanto a parapsicologia cita a existência de um sexto sentido.

O sete é disparado o número com maior significado místico e divino, não só por ser considerado a representação numérica de Deus, mas também pelas seguintes iconografias: Os sete pecados capitais,  as sete virtudes celestiais, os sete principais chakras do corpo humano, os setes planetas da antiguidade (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno), os sete galhos da árvore cósmica xamânica, os sete céus e os sete infernos do islamismo, os sete sábios da Grécia Antiga (Sólon, Pítaco, Quílon, Tales de Mileto, Cleóbulo, Bias e Periandro), os sete deuses de luz e os sete deuses das trevas do Egito Antigo, as sete cores do arco-íris, o Ano-Novo judaico começa no sétimo mês, e por quantas vezes devemos perdoar o próximo no Novo Testamento (70x7).

O oito quase converge para um significado comum entre crenças e filosofias, pois é o número do equilíbrio cósmico e consequentemente da causa e efeito. A quantidade de aros que formam a roda da vida (dharmachakra) no budismo e as pétalas da flor de lótus, ambas codificadas pelo número oito, mostram os caminhos para perfeição espiritual. Vale lembrar que na crença hindu a deidade Vishnu possui oito braços que correspondem aos oito guardiões do espaço, enquanto o número oito deitado representa o infinito. Há ainda a estrela de oito pontas (a Estrela de Ishtar), utilizada como guia entre babilônicos e fenícios.

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